21 de janeiro de 2014

1950's - A Sociedade de Consumo e a Reforma do Gosto (Good Design) pela Escola de Ulm


CONTEXTO HISTÓRICO 

   A década de 50 ficou conhecida como “anos dourados” e foi marcada pelos grandes avanços científicos, tecnológicos e mudanças culturais e comportamentais, o que ocorreu logo após a saída de uma 2ª Grande Guerra onde se foi possível enriquecer suas indústrias. Entretanto, EUA e URSS saiam de uma guerra armada e mantinham-se em uma Guerra Fria, onde competiam com ideologias: Capitalismo, pelo lado Norte-Americano e Socialismo, pelo lado Soviético. 
   O consumo se torna notável a partir de 1950 quando os Estados Unidos, apoiando financeiramente os países que ficaram devastados pela guerra, começa a penetrar o estilo de vida e cultura norte-americana. Prosperava-se assim economicamente.


PRODUÇÃO GRÁFICA


   O design começa a ser muito marcante nas revistas, com o bombardeio de propagandas, em suas maiorias direcionadas às mulheres. Era considerado o design perfeito, pelo equilíbrio e a objetividade. 
  Com o crescimento da economia e os avanços tecnologia a fotografia se tornou um recurso vibrante e versátil. Alexey Brodovitch foi fundamental para o surgimento do estilo gráfico simplificado nos EUA, o “espaço em branco” era sua marca registrada. 
  Na tipografia as fontes que representavam a modernidade foi bastante popularizada, com a Helvetica, criada em 1957 e bastante explorada nas peças publicitárias. 
  Na Grã-Bretanha, Abram Games foi responsável pela criação do logotipo para o Festival da Grã-Bretanha como comemoração do centenário da Grande Exposição, o rei George VI com o objetivo de apresentar as contribuições britânicas à civilização em termos de artes, ciências, tecnologia e design. 
  No Brasil, o cordel ganha espaço, tanto na história editorial, quanto no aspecto gráfico brasileiro. Sua aparência de cultura popular chamou a atenção de estudiosos de diversas áreas. Além disso, a ilustração xilogravada e a convivência das imagens com o texto acabou construindo uma face nítida de sua linguagem visual. 

ESCOLA DE ULM & PRODUTO


   A Escola de Ulm nasce para dar continuidade às idéias da Bauhaus. Visavam à produção de produtos industriais de massa utilizados no cotidiano. Deveriam ser funcionais, culturais, tecnológicos e econômicos. Os objetos de luxo eram tratados como Tabu. 
   A fábrica de Braun foi uma das mais adeptas aos ideais da Ulm, depois de contratar os designers Fritz Eichler e Dieter Rams, autor da frase “Menos design é mais design.”, a empresa evoluiu e começou a pensar na alta presteza do uso de produtos, na ergonomia e necessidades psicológicas, no design conseqüente até nos pequenos detalhes, conseguindo um design harmônico conseguido com poucos meios, um design inteligente baseado na necessidade e comportamento dos usuários e apostando em tecnologia inovadora. 

   Os produtos em geral que chegaram ao Brasil como a primeira TV registrada foi implantada por Assis Chateaubriand. A emissora TV Tupi teve sua primeira transmissão em 18 de setembro de 1950, com apenas dois telespectadores a TV mudou a forma agrária como o país ainda pensava. Vários equipamentos, como rádios, televisores e máquinas, eram criados seguindo a formula de durabilidade e equilíbrio e foi na década de 50 que essa visão de durabilidade muda, surgindo uma forte tendência para obsolescência planejada. 

A MODA DE 1950

 Marcada pela democratização da roupa, numa sociedade européia devastada, os EUA começam a transportar o consumismo, American Way of Life, junto às novas tecnologias descobertas durante a Segunda Guerra Mundial, a moda tem como aliado às donas de casa e o prêt-à-porter, no qual a comercialização de indumentária se tornou mais fácil. 
   Christian Dior foi o principal estilista a impor a moda que as mulheres da década de 50 adotariam. Sua primeira coleção, em 1947, ficou como conhecida como New Look e trazia a nostalgia perdida da Belle Époque e a celebração aos valores tradicionais. A indumentária ostentava a opulência de materiais, cintura muito justa e saia rodada batendo na panturrilha, o que se torna padrão para a maioria das mulheres da década seguinte. 
   A indumentária masculina, que agora se tornava mais fácil de produzir, era caracterizada por silhuetas de ombro largo, calças estreitas, gravatas de ramagens e camisa com gola de ponta. 

A Juventude de 1950


  Da espontânea geração “baby-boomer” é a vez de eles terem voz na sociedade em que viviam. Explorando ao máximo a confecção, criam novos hábitos, novas músicas – surge o Rock ‘n’ Roll – e novas aparências para acompanhar os anos dourados em que viviam. Entretanto, algumas contra cultura também foram criadas, elas eram críticas a opulência do pós-guerra, o consumo, o progresso, as bomba atômicas e contra o estilo de vida americano. Os mais conhecidos da década foram os Teddy Boys, os neo-edwardianos; Greasers ou Rockers - na Europa; e os Beatnick, que logo mais a frente teriam influência para a cultura Hippie de 1960. 
   Elvis Presley, Marlon Brando e James Dean foram artistas que representaram a juventude de 1950. Elvis com seu rock ‘n’ roll que com sua música direcionada principalmente para os jovens levou-as ao delírio, e Marlon e James atores que protagonizaram rebeldes no cinema.

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